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ABRINDO NOSSA VISÃO

Importância da Água

A água, assim como o Sol, é um recurso natural indispensável à vida no planeta Terra. Possui um enorme valor econômico, ambiental e social, fundamental à sobrevivência do Homem e dos ecossistemas no nosso planeta. As primeiras formas de vida surgiram nos oceanos há cerca de 4 milhões de anos. A água é fundamental porque é um recurso natural único, escasso e essencial à vida de todos os seres vivos. Por muitos milhares de anos, subsistiu a ideia de que a água era um recurso infinito, esta ideia tinha como base a abundância deste recurso natural na Natureza.

aguaNos nossos dias, o desperdício aliado ao aumento na procura deste recurso, tornou-se num problema que requer a atenção de todos, devido à decrescente disponibilidade de água doce no nosso planeta. Se tivermos em conta que diariamente usamos a água nas mais diversas atividades na nossa vida (higiene pessoal, alimentação, rega e limpeza, indústria e agricultura), e nem sequer temos a noção da sua importância, temos aqui a prova de que ainda temos muito que aprender relativamente à importância deste recurso na nossa sobrevivência.

Nós e a Água

Desde os tempos mais antigos que a água tem assumido um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações. Ao observarmos um mapa geográfico, verificamos que a maior parte dos grandes centros urbanos se localizam nas proximidades dos mares e cursos de água.
Na sociedade moderna, a importância da água é de tal forma relevante, que a gestão e preservação deste recurso é preocupação constante de governos e organizações internacionais, como por exemplo: Conselho da Europa, que em Maio de 1968, proclamou a Carta Europeia da Água.


A nível mundial o consumo de água não é linear, este varia consideravelmente de continente para continente, assim como de região para região. Numa perspectiva geral a água é usada pelo Homem em três grandes grupos: agricultura, indústria e consumo doméstico. Sendo que, a maior quantidade de água é usada na agricultura, seguindo-se a indústria e por fim o consumo doméstico.
No consumo doméstico, a maior quantidade de água utilizada é no WC seguida da higiene pessoal.

Consumo urbano de água
urbano

 41% WC
 37% Higiene Pessoal
 6% Lavar Loiça / Preparar Alimentos
 5% Beber
 4% Lavar Roupa
 3% Rega (jardim)
 3% Limpezas (chão)
 1% Lavagem Automóveis

III Mercado Biológico
Local: Jardim da Alameda
Público-Alvo: Comunidade
Organização: Fagar e In Loco
+inf. (link ao calendário dia do evento)

Apesar das inúmeras campanhas de sensibilização levadas a cabo por diversas entidades públicas e privadas, ainda se verifica uma gestão hídrica inadequada à disponibilidade cada vez menor deste recurso.

Ciclo Urbano da ÁguaAtualmente é impensável o consumo direto de água do meio natural sem prévio tratamento. De forma a assegurar a melhor qualidade da água, esta percorre diversas fases distintas até chegar às nossas torneiras – Ciclo Urbano da Água.

Define-se Ciclo Urbano da Água, pelo percurso que a água percorre, desde a sua captação até ao seu retorno à Natureza, depois de usada pelo Homem. Este Ciclo decorre entre a fase de precipitação e a fase de evaporação do Ciclo da Água e possui as seguintes fases:
  • A água das chuvas e dos rios é armazenada em barragens. No caso do concelho de Faro a zona de armazenamento é na barragem do Odeleite.
  • Segue-se a sua captação, a água é conduzida a uma ETA (Estação de Tratamento de Águas), onde é tratada através de diversos processos (físicos e químicos) de forma a garantir a sua qualidade para consumo humano. O conselho de Faro recebe a água tratada na ETA de Tavira.
  • Após o tratamento efetuado na ETA, a água chega a nossas casas, atravessando condutas e/ou estações elevatórias e os reservatórios municipais, onde finalmente chega às nossas torneiras. Este percurso no concelho de Faro é da responsabilidade da FAGAR.
  • Depois de usada nos mais diversos tipos de consumo, a água volta a ser tratada numa ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais). Na ETAR a água passa novamente por diversos tipos de tratamento, garantindo que ao retornar ao meio natural não provocará qualquer dano. Devido à qualidade de tratamento utilizado na ETAR, esta água pode também ser reutilizada para a rega, lavagem de ruas e automóveis.              

    Resíduos


    Segundo o Decreto-Lei n.º178/2006, de 5 de Setembro, resíduos são quaisquer substâncias ou objetos de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer. Ou seja, são todos os materiais resultantes de atividade humana ou animal, inúteis ou indesejáveis.

    A produção de resíduos está presente em todas as atividades do nosso dia-a-dia. A elevada produção de resíduos, tem-se feito sentir nos últimos anos, não só pelo estilo de vida de todos nós mas também pela própria utilização inadequada dos materiais.

    Em Portugal, cada habitante produz, em média, 1.4Kg de resíduos por dia, o que corresponde a uma produção média anual de 511Kg (Fonte: Relatório Caraterização da Situação dos Resíduos Urbanos em Portugal Continental em 2009 – Agência Portuguesa do Ambiente 06-08-2010).

    É urgente desenvolver atitudes conscientes quanto à utilização e encaminhamento dos resíduos produzidos. A crescente utilização dos recursos naturais e matérias-primas põe em causa a sustentabilidade dos nossos ecossistemas. Deste modo, a redução e reaproveitamento dos resíduos produzidos é uma medida fundamental para a conservação e protecção do meio ambiente e seus recursos naturais.

    Principais Tipos de Resíduos:Os resíduos podem ser classificados, de acordo com a sua origem:
    • Resíduos Urbanos (RU) – Resíduos provenientes de habitações bem como outros resíduos que pela sua natureza e composição, seja semelhante aos resíduos provenientes de habitações, tais como: restaurantes, escritórios e outros estabelecimentos (Decreto-Lei n.º178/2006, de 5 de Setembro).
    • Resíduos Industriais (RI) – Resíduos gerados em processos industriais, bom como os que resultem das atividades de produção e distribuição de electricidade, gás e água (Decreto-Lei n.º178/2006, de 5 de Setembro).
    • Resíduos Hospitalares (RH) – Resíduos resultantes de atividades médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de saúde, em atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais (Decreto-Lei n.º178/2006, de 5 de Setembro).
    • Resíduos Agrícolas (RA) – Resíduos provenientes de explorações agrícolas e ou pecuárias ou similares (Decreto-Lei n.º178/2006, de 5 de Setembro).

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